Washington, Estados Unidos, 10 de novembro de 2024, Agência de Notícias Reuters – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que um cidadão afegão residente no Irã esteve envolvido em supostos planos para assassinar alvos nos EUA, incluindo o presidente eleito Donald Trump. Farhad Shakeri, de 51 anos, e dois associados em Nova York foram acusados na sexta-feira (8) de conspirar para matar um jornalista americano crítico do Irã.
Os dois indivíduos em Nova York foram presos sob suspeita de vigiar o alvo e preparar armas. Acredita-se que eles mantinham contato com Shakeri, que teria recebido instruções da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), uma força de elite do país.
Em entrevista telefônica ao FBI, Shakeri afirmou que a Guarda Revolucionária lhe pediu para elaborar um plano de assassinato de Trump durante a campanha presidencial. Ele também revelou que, caso não conseguisse desenvolver o plano dentro do prazo estipulado, a operação seria adiada para após as eleições, presumindo-se que Trump perderia e ficaria menos protegido.
Em setembro, a equipe de campanha de Trump anunciou que ele havia sido informado pelas autoridades de inteligência sobre ameaças de assassinato “reais e específicas” vindas do Irã.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baqaei, negou as acusações em um comunicado no sábado (9), classificando-as como “completamente infundadas”. Baqaei afirmou que “a repetição dessa alegação no momento atual é uma conspiração repugnante de círculos sionistas e anti-iranianos” para complicar as relações entre os EUA e o Irã.
Estas acusações surgem em um momento de crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irã, com implicações potencialmente significativas para a segurança internacional e as relações diplomáticas entre os dois países. A suposta participação da IRGC, uma organização já designada como terrorista pelos EUA, adiciona uma camada extra de complexidade ao caso.
As autoridades americanas continuam a investigar o caso, enquanto analistas internacionais avaliam as possíveis repercussões dessas acusações na já frágil relação entre Washington e Teerã.
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