Seattle, Washington, Estados Unidos, 6 de novembro de 2024, Associated Press – Os funcionários da Boeing aceitaram a mais recente proposta da empresa, pondo fim a uma greve que durou mais de 50 dias e paralisou a produção de aeronaves da gigante aeroespacial americana.
O sindicato International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM), que representa os trabalhadores, anunciou na segunda-feira (4) que 59% dos membros votaram a favor do novo contrato. O acordo inclui um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos e um bônus único de US$ 12.000.
Cerca de 33.000 funcionários das fábricas no estado de Washington e em outras localidades entraram em greve em meados de setembro, após o impasse nas negociações sobre salários e outros benefícios entre o sindicato e a administração da empresa. Esta foi a primeira greve do sindicato em 16 anos.
Os trabalhadores haviam rejeitado duas propostas anteriores da Boeing antes de aceitarem a oferta mais recente, apresentada na quinta-feira (31). O retorno ao trabalho começará gradualmente, mas espera-se que a produção leve algum tempo para se recuperar aos níveis anteriores.
O fim da greve traz alívio para a Boeing, que enfrenta uma série de desafios adicionais. Em janeiro, um painel que incluía uma janela se desprendeu de um avião da empresa durante um voo, intensificando o escrutínio sobre a segurança de suas aeronaves.
A paralisação prolongada causou significativos prejuízos financeiros à Boeing, com estimativas apontando perdas de cerca de US$ 50 milhões por dia durante o período de greve. Além disso, a empresa anunciou recentemente planos de demitir aproximadamente 17.000 funcionários e realizar uma venda de ações para evitar que sua classificação de crédito seja rebaixada.
O CEO da Boeing, Kelly Ortberg, expressou satisfação com o acordo em uma mensagem aos funcionários: “Embora os últimos meses tenham sido difíceis para todos nós, somos todos parte da mesma equipe. Só avançaremos ouvindo e trabalhando juntos.”
Com o fim da greve, a Boeing enfrenta agora o desafio de retomar rapidamente a produção e recuperar o tempo perdido, especialmente na fabricação dos modelos 737 Max e 777, cruciais para sua recuperação financeira e competitividade no mercado global de aviação.
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