EUA pressionam Google a vender Chrome por monopólio

Washington, D.C., Estados Unidos, 20 de novembro de 2024, Bloomberg – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está se preparando para solicitar a um juiz que force o Google a vender seu navegador Chrome, em uma ação que pode marcar uma mudança significativa na indústria tecnológica. A informação foi divulgada pela Bloomberg e cita fontes anônimas que confirmaram os planos do governo.

A ação ocorre após um processo antitruste iniciado em 2020, onde o Google foi acusado de manter um monopólio no mercado de buscas e publicidade online. Em agosto, um tribunal federal decidiu a favor do Departamento de Justiça, reconhecendo as práticas monopolistas da gigante da tecnologia.

O DOJ (Departamento de Justiça) também está exigindo que o Google forneça dados de seu serviço de busca para outras empresas, aumentando as pressões sobre a companhia. O Chrome é considerado um pilar fundamental do negócio publicitário da empresa, controlando cerca de 61% do mercado global de navegadores.

Um executivo do Google afirmou que a medida do governo pode prejudicar consumidores e desenvolvedores, além de comprometer a liderança tecnológica dos Estados Unidos. “Essa ação radical vai além das questões legais deste caso”, disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da empresa.

As ações do DOJ visam não apenas o Chrome, mas também mudanças nos modelos de negócios das grandes empresas de tecnologia. O governo está buscando medidas que possam aumentar a concorrência no mercado digital e garantir maior transparência nas práticas comerciais.

A pressão sobre o Google é parte de um movimento mais amplo para lidar com as preocupações sobre o poder das grandes empresas tecnológicas e suas práticas monopolistas. A decisão final sobre a venda do Chrome será tomada pelo juiz Amit Mehta, que já agendou uma audiência para abril de 2025 para discutir as propostas apresentadas pelo DOJ.

Com essa ação, os EUA buscam reverter o domínio da Google no mercado e abrir espaço para maior competição, enquanto o futuro do navegador mais popular do mundo permanece incerto.