EUA mantêm ajuda militar a Israel apesar de crise em Gaza

Washington, Estados Unidos, 13 de novembro de 2024, Associated Press – O governo do presidente Joe Biden anunciou que não suspenderá o apoio militar a Israel, citando “algum progresso” no fluxo de ajuda humanitária para Gaza. A declaração foi feita nesta terça-feira (12) por Vedant Patel, porta-voz adjunto principal do Departamento de Estado.

A avaliação ocorre um mês após os EUA enviarem uma carta a Israel, exigindo maior permissão para a entrada de ajuda humanitária em Gaza. A administração Biden havia indicado que consideraria suspender a assistência militar caso Israel não tomasse medidas dentro de 30 dias.

Patel mencionou ações tomadas por Israel desde então, incluindo a abertura de uma nova passagem para entrega de suprimentos. Ele afirmou que houve progresso e que não há mudança na política dos EUA. No entanto, ressaltou que a crise humanitária persiste e que os EUA esperam ver avanços contínuos por um período prolongado.

O porta-voz advertiu que se os esforços de Israel para melhorar a situação não forem duradouros, os EUA poderiam tomar medidas, indicando que Israel estaria “fora de conformidade com a lei dos EUA”.

Enquanto isso, o número de vítimas dos ataques israelenses continua a aumentar. Grupos de ajuda emitiram um relatório na terça-feira (12) criticando a resposta de Israel no último mês. Eles afirmaram que Israel “tomou ações que pioraram dramaticamente a situação no terreno, particularmente no norte de Gaza” e que “a situação está em um estado ainda mais grave hoje do que há um mês”.

Joyce Msuya, chefe interina de ajuda da ONU, declarou ao Conselho de Segurança que não houve melhora na situação em Gaza. Ela afirmou que “as autoridades israelenses estão bloqueando a assistência humanitária para o norte de Gaza, onde os combates continuam, e cerca de 75.000 pessoas permanecem com suprimentos de água e alimentos cada vez menores”. Msuya concluiu que “as condições de vida em toda Gaza são impróprias para a sobrevivência humana”.