Coreia do Sul se prepara para nova era Trump

Seul, Coreia do Sul, 11 de novembro de 2024, Agência de Notícias Yonhap – O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol realizou uma reunião de emergência com ministros e assessores seniores neste domingo (10) para discutir preparativos face às mudanças políticas esperadas sob a nova administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

Durante o encontro econômico e de segurança, Yoon enfatizou que as maiores mudanças são previstas no setor comercial. Em resposta, ele ordenou a criação imediata de comitês consultivos liderados pelo vice-primeiro-ministro para assuntos econômicos, abrangendo as áreas de finanças, comércio e indústria.

“Quando a nova administração em Washington for lançada e uma nova direção política for estabelecida, haverá mudanças significativas na economia global e no cenário de segurança”, disse Yoon. “Como isso terá um impacto significativo em nossa economia e segurança, precisamos fazer preparativos minuciosos.”

O presidente sul-coreano também destacou a possibilidade de mudanças estruturais no campo da segurança. Ele instruiu os participantes a procederem com preparativos cuidadosos para fortalecer a dissuasão contra a Coreia do Norte, baseando-se na aliança com os EUA.

Um alto funcionário do governo informou que os presentes na reunião concordaram em aprofundar a cooperação de segurança com o Japão e os EUA, uma relação que foi fortalecida durante a administração do presidente Joe Biden.

Embora alguns especialistas sul-coreanos especulem que Trump possa efetivamente permitir que a Coreia do Norte mantenha suas armas nucleares, dependendo do comportamento do país, o alto funcionário do governo enfatizou que os participantes reafirmaram a posição inabalável da Coreia do Sul em trabalhar pela desnuclearização da Coreia do Norte.

Yoon e Trump já concordaram em realizar uma reunião presencial em breve, após uma conversa telefônica na quinta-feira (7). Esta rápida mobilização do governo sul-coreano reflete a importância crítica da relação com os EUA para a economia e segurança do país, bem como as incertezas que um segundo mandato de Trump pode trazer para a região.