Baku, Azerbaijão, 23 de novembro de 2024, Reuters – A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) ultrapassará o prazo original previsto para sexta-feira (22), devido à falta de consenso sobre um novo acordo preliminar de financiamento climático.
O principal ponto de discórdia nas negociações em andamento na capital do Azerbaijão são as contribuições financeiras para ajudar as nações em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas. Um novo rascunho propõe que os países desenvolvidos forneçam US$ 250 bilhões anualmente, valor criticado pelos países em desenvolvimento, que pedem mais de US$ 1 trilhão por ano.
Yalchin Rafiyev, negociador-chefe do Azerbaijão, declarou a jornalistas que os US$ 250 bilhões propostos não correspondem ao objetivo de alcançar um acordo “justo e ambicioso”. Esta declaração reflete a crescente tensão entre as nações desenvolvidas e em desenvolvimento sobre a distribuição dos custos para combater as mudanças climáticas.
O rascunho do acordo, divulgado na sexta-feira (22), foi considerado decepcionante por analistas e representantes de países em desenvolvimento. Camila Jardim, especialista do Greenpeace Brasil, criticou o texto por reduzir a responsabilidade dos países desenvolvidos e não esclarecer a proporção de doações no financA União Europeia, por outro lado, considera o valor muito alto e defende que grandes países em desenvolvimento, como a China e os estados produtores de petróleo, também sejam obrigados a contribuiriamento proposto.
A União Europeia, por outro lado, considera o valor muito alto e defende que grandes países em desenvolvimento, como a China e os estados produtores de petróleo, também sejam obrigados a contribuir.
A presidência do Azerbaijão na COP tem sido criticada por falta de controle e estratégia nas discussões. O atraso nas negociações pode comprometer o sucesso da conferência, com alguns observadores já considerando a possibilidade de Baku entrar para a história como um dos grandes fracassos das COPs.
A extensão das negociações destaca a complexidade e a urgência das questões em jogo. Os delegados enfrentam a pressão de chegar a um acordo que seja tanto ambicioso quanto realizável, equilibrando as necessidades dos países em desenvolvimento com as capacidades e disposições dos países desenvolvidos.
O resultado dessas negociações terá implicações significativas para os esforços globais de combate às mudanças climáticas e para o futuro do financiamento climático internacional, além de impactar diretamente a COP30, que será realizada em Belém, Brasil, no próximo ano.
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