Baku, Azerbaijão, 24 de novembro de 2024, Reuters – Delegados da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) chegaram a um acordo para estabelecer uma meta de financiamento climático de pelo menos US$300 bilhões anuais para países em desenvolvimento até 2035.
O documento final, divulgado no domingo (24) após dois dias de prorrogação das negociações, estabelece que os países desenvolvidos devem liderar a mobilização desses recursos, que virão de diversas fontes. Além disso, o acordo convoca todos os países e instituições envolvidos a trabalharem juntos para ampliar o financiamento climático global para US$1,3 trilhão anuais até 2035.
A nova meta representa um aumento significativo em relação ao compromisso anterior de US$100 bilhões anuais, estabelecido em 2009 e alcançado apenas em 2022. No entanto, países em desenvolvimento e ativistas climáticos argumentam que o valor ainda é insuficiente para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
As negociações foram marcadas por tensões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Grupos representando as nações menos desenvolvidas e pequenos estados insulares chegaram a abandonar temporariamente as negociações no sábado (23), expressando insatisfação com as propostas iniciais.
O acordo final busca equilibrar as demandas dos países em desenvolvimento por maior apoio financeiro com as limitações fiscais alegadas pelas nações ricas. Embora o valor acordado fique aquém dos US$1,3 trilhão anuais considerados necessários por especialistas, representa um compromisso significativo para impulsionar a ação climática global.
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