Zhuhai, Guangdong, China, 19 de novembro de 2024, NHK – Uma semana após o trágico incidente em Zhuhai, onde um motorista atropelou uma multidão, matando 35 pessoas e ferindo mais de 40, as autoridades chinesas intensificam esforços para controlar a narrativa e suprimir manifestações públicas de luto.
O local do ataque permanece isolado, com forte presença policial. Moradores que tentaram deixar flores e prestar homenagens às vítimas em frente aos portões fechados do complexo esportivo viram suas oferendas rapidamente removidas por agentes de segurança. Uma equipe da NHK foi proibida de filmar a área, evidenciando a preocupação das autoridades com a cobertura da mídia estrangeira.
Relatos da mídia de Hong Kong sugerem que informações iniciais sobre o motivo do suspeito – supostamente insatisfeito com um acordo de divórcio – foram posteriormente apagadas, indicando um esforço coordenado de controle de informações.
O incidente em Zhuhai, ocorrido em 11 de novembro, destaca uma crescente preocupação com ataques em massa na China. No sábado (16), outro ataque violento ocorreu em uma escola na província de Jiangsu, resultando em 8 mortes e 17 feridos.
“Estes eventos trágicos levantam questões sérias sobre a segurança pública na China”, comentou um analista de segurança que pediu anonimato. “A resposta das autoridades, focada em suprimir informações, pode dificultar um debate necessário sobre prevenção de violência.”
A censura e o controle rigoroso de informações refletem a abordagem típica do governo chinês em situações de crise, priorizando a estabilidade social sobre a transparência. Esta estratégia, embora vise manter a ordem, pode inadvertidamente aumentar a ansiedade pública e dificultar esforços de prevenção de futuros incidentes.
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