Londres, Reino Unido, 13 de novembro de 2024, Reuters – O Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, principal líder da Igreja da Inglaterra, anunciou nesta terça-feira (12) sua intenção de renunciar ao cargo, assumindo a responsabilidade pela má condução de alegações de abuso contra crianças e jovens por um advogado associado à igreja.
O escândalo, que veio à tona em 2016, envolve supostos abusos ocorridos desde a década de 1970 durante acampamentos de verão na Grã-Bretanha e África do Sul, incluindo espancamentos persistentes com uma bengala. Uma investigação independente, cujos resultados foram divulgados no início deste mês, revelou que Welby foi informado das alegações em 2013, mas não as reportou à polícia.
O relatório também constatou que os abusos continuaram até a morte do advogado em 2018, envolvendo até 130 vítimas. Em seu comunicado, Welby declarou: “Devo assumir a responsabilidade pessoal e institucional”. Ele expressou esperança de que sua decisão “deixe claro o quão seriamente a Igreja da Inglaterra entende a necessidade de mudança” e seu “profundo compromisso em criar uma igreja mais segura”.
A renúncia de Welby marca um momento crucial para a Igreja da Inglaterra, que juntamente com outras igrejas anglicanas, conta com cerca de 85 milhões de membros em todo o mundo. Welby, que presidiu o funeral de Estado da Rainha Elizabeth II em 2022 e a coroação do Rei Charles III em 2023, deixa um legado complexo, marcado por esforços de modernização, mas também por controvérsias.
Esta decisão reflete a crescente pressão sobre instituições religiosas para lidar de forma transparente e eficaz com casos de abuso, sinalizando uma mudança significativa na abordagem da Igreja da Inglaterra em relação a essas questões sensíveis.
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