Tóquio, Japão – 7 de novembro de 2024 (NHK) – Uma pesquisa realizada pela NHK revelou que cerca de 60% dos municípios no Japão não possuem instalações para realização de partos, um reflexo da baixa taxa de natalidade e da escassez de médicos no país. Dos cerca de 1.700 municípios japoneses, 1.042 não possuem maternidades.
A pesquisa, realizada entre setembro e outubro deste ano, mostrou que em províncias como Hokkaido, Fukushima, Tottori e Kochi, mais de 80% das localidades estão sem unidades para atendimento de parto. Além disso, 35 províncias registraram aumento no número de municípios sem maternidades em comparação com uma década atrás.
Para contornar a ausência de instalações de parto, algumas regiões estão subsidiando parte das despesas de transporte para consultas médicas e oferecendo acomodações para gestantes próximas da data prevista para o nascimento.
A falta de médicos especializados é apontada como um fator agravante. Em muitos locais, a idade avançada dos profissionais em clínicas privadas tem contribuído para o fechamento de unidades de atendimento ao parto. Algumas autoridades sugerem que a integração de serviços médicos poderia ajudar a enfrentar os desafios da baixa natalidade e da carência de obstetras.
Maeda Tsukio, vice-presidente da Associação Japonesa de Obstetras e Ginecologistas, alertou que a ausência de maternidades em mais municípios pode comprometer a segurança dos partos no país. Ele ressaltou que tanto o governo central quanto os locais precisam tomar medidas, oferecendo apoio financeiro para que essas unidades continuem em operação e garantam um atendimento seguro às gestantes japonesas.
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