Reino Unido encerra era do carvão e lidera transição energética

Londres, Reino Unido, 2 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Reuters – O Reino Unido marcou um momento histórico na terça-feira (2) ao se tornar o primeiro país do Grupo dos Sete (G7) a abolir completamente a geração de energia a partir do carvão. O fechamento da última usina termoelétrica a carvão do país, Ratcliffe-on-Soar, em Nottinghamshire, encerra um ciclo de 142 anos de dependência dessa fonte de energia.

A cerimônia de encerramento contou com a presença de autoridades governamentais e representantes da operadora da usina. O Ministro de Energia, Michael Shanks, declarou com orgulho: “Nos tornamos hoje a primeira grande economia do mundo a eliminar o carvão de nosso sistema energético”.

Este marco representa uma transformação significativa para o país que foi o berço da Revolução Industrial. O Reino Unido construiu sua primeira usina a carvão em 1882, e desde então, essa fonte de energia desempenhou um papel crucial no suprimento das necessidades energéticas industriais do país.

A transição para fontes de energia mais limpas começou a ganhar força na década de 1990, quando o governo britânico passou a incentivar ativamente a geração de energia a partir de fontes relativamente mais ecológicas, como o gás natural, e de energias renováveis. Como resultado desses esforços, no ano passado, o carvão foi responsável por apenas pouco mais de 1% da eletricidade gerada no país.

O fechamento da última usina a carvão não apenas marca o fim de uma era, mas também posiciona o Reino Unido como líder global na transição para energias limpas. O governo londrino planeja acelerar a mudança para fontes de energia renovável, com ênfase particular na energia eólica offshore.

Esta mudança histórica reflete o compromisso do Reino Unido com a luta contra as mudanças climáticas e estabelece um exemplo para outras nações industrializadas. À medida que o mundo enfrenta desafios ambientais crescentes, a decisão britânica de abandonar completamente o carvão serve como um modelo de transição energética bem-sucedida para outros países do G7 e além.