Jovem nepalês bate recorde mundial de montanhismo.

Kathmandu, Nepal, 10 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo O montanhista nepalês Nima Rinji Sherpa, de apenas 18 anos, entrou para a história do alpinismo nesta quarta-feira (9) ao se tornar a pessoa mais jovem a escalar os 14 picos do mundo com mais de 8.000 metros de altitude. Sua equipe confirmou que Nima atingiu o cume do Shisha Pangma, no Tibete, com 8.027 metros de altura, completando assim sua extraordinária jornada.

“Ele alcançou o cume esta manhã. Ele treinou bem e eu estava confiante de que ele conseguiria”, declarou Tashi Sherpa, pai de Nima, à AFP. A conquista de todos os “oito-milésimos” é considerada o ápice das aspirações do montanhismo, exigindo que os alpinistas atravessem “zonas da morte” onde o oxigênio é escasso para sustentar a vida humana por longos períodos.

Nima, que vem de uma família de montanhistas recordistas e que agora administra a maior empresa de expedições de montanhismo do Nepal, iniciou sua jornada de escaladas em alta altitude aos 16 anos, conquistando o Monte Manaslu em agosto de 2022. Em junho deste ano, ele já havia escalado seu 13º pico, o Kanchenjunga, o terceiro mais alto do mundo.

“Este cume não é apenas o culminar da minha jornada pessoal, mas uma homenagem a cada Sherpa que ousou sonhar além dos limites tradicionais estabelecidos para nós”, afirmou Nima em um comunicado. “O montanhismo é mais do que trabalho, é um testemunho da nossa força, resiliência e paixão.”

Nima Nuru Sherpa, presidente da Associação de Montanhismo do Nepal, expressou o orgulho nacional: “Este é um momento de orgulho para o nosso país. Nima quebrou todos os estereótipos, e seu sucesso transmitiu a mensagem de que nada é impossível se você tiver uma forte determinação.”

O feito de Nima não apenas quebra recordes, mas também destaca o papel crucial dos Sherpas na indústria do montanhismo no Himalaia. Tradicionalmente vistos como apoiadores de alpinistas estrangeiros, os Sherpas estão gradualmente sendo reconhecidos por seus próprios méritos, como exemplificado pela primeira ascensão invernal do K2 por uma equipe nepalesa em 2021.