Tóquio, Japão, 1 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O Tribunal Distrital de Tóquio emitiu nesta segunda-feira (30) uma sentença suspensa para Matsumoto Junichiro, ex-tesoureiro-chefe da que foi outrora a maior facção do Partido Liberal Democrático (PLD), principal partido governista do Japão. Matsumoto foi considerado culpado de não declarar milhões de dólares em receitas em relatórios de fundos políticos.
A corte sentenciou Matsumoto a três anos de prisão, com suspensão por cinco anos. Ele era responsável pelas finanças da extinta facção anteriormente liderada pelo falecido ex-primeiro-ministro Abe Shinzo.
Matsumoto foi acusado de não declarar 675 milhões de ienes (aproximadamente 4,7 milhões de dólares) em receitas obtidas em eventos de arrecadação de fundos realizados pela facção ao longo de um período de cinco anos até 2022. Durante o julgamento, o réu admitiu a veracidade da maioria das acusações contra ele.
O juiz presidente Hosoya Yasunobu observou que “por cinco longos anos, o réu foi capaz de continuar apresentando relatórios de fundos públicos que transmitiam uma situação muito distante da verdade, simplesmente porque a fabricação não havia sido descoberta”. Ele enfatizou que o réu cometeu um crime que ignorou a intenção da lei de controle de fundos políticos, que visa garantir a justiça e equidade das atividades políticas.
No entanto, o juiz também reconheceu que o réu “não tinha escolha senão seguir as instruções dos membros seniores da facção”, um fator que possivelmente influenciou na decisão de suspender a pena.
Este caso é parte de um escândalo mais amplo envolvendo financiamento político que abalou o PLD nos últimos meses, levantando questões sobre a transparência e integridade das práticas de arrecadação de fundos dos partidos políticos no Japão. A sentença de Matsumoto pode ser vista como um marco significativo neste caso em andamento, potencialmente influenciando futuras investigações e reformas no sistema de financiamento político do país.
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