Tóquio, Japão, 14 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – A Boeing, gigante aeroespacial americana, enfrenta o risco de um rebaixamento de crédito um mês após o início da greve de seu sindicato trabalhista. A paralisação, que começou em 13 de setembro, é a primeira em cerca de 16 anos na empresa e envolve aproximadamente 33.000 funcionários em fábricas próximas a Seattle e em outras localidades.
A greve teve início após os membros do sindicato rejeitarem um acordo provisório que oferecia um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos. Posteriormente, a administração propôs um aumento de 30% no mesmo período, mas retirou a oferta na terça-feira (8) devido à grande disparidade com as demandas sindicais.
A paralisação está afetando a produção dos modelos 777, 767 e 737 Max. Analistas citados pela agência de notícias Reuters estimam que a Boeing pode estar perdendo mais de 100 milhões de dólares em receita diária.
A situação também gera preocupações entre fornecedores japoneses que produzem peças para fuselagens, portas e outros componentes da Boeing. Há temores de que essas empresas possam sofrer perdas significativas caso a greve se prolongue.
Na terça-feira (8), a S&P Global Ratings anunciou que está considerando rebaixar a classificação de crédito da Boeing, citando receios de um possível fluxo de caixa negativo massivo. Acredita-se que a Boeing esteja se apressando para melhorar sua situação financeira diante desse cenário desafiador.
Este impasse trabalhista representa mais um obstáculo para a Boeing, que já enfrentava desafios de produção e questões de segurança nos últimos anos. A resolução rápida da greve é crucial não apenas para a empresa, mas também para a cadeia de suprimentos global da indústria aeroespacial.
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