Nagasaki, Japão, 10 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O Tribunal Distrital de Nagasaki determinou nesta segunda-feira (9) que alguns sobreviventes da bomba atômica de 1945, que estavam fora da zona oficialmente designada de exposição à radiação, devem ser reconhecidos como hibakusha. A decisão ordena que a cidade e a prefeitura de Nagasaki emitam certificados de hibakusha para parte dos 44 autores da ação judicial.
Os detentores deste certificado têm direito a subsídios médicos para tratamento de câncer e outras doenças, além de apoio governamental adicional. Os autores da ação estavam dentro de um raio de 12 quilômetros do hipocentro quando a bomba explodiu em 9 de agosto de 1945, mas fora da zona designada pelo governo.
Esta decisão judicial marca uma mudança significativa, pois anteriormente estes sobreviventes eram elegíveis apenas para suporte médico limitado. O caso atual envolve residentes da prefeitura de Nagasaki que faziam parte de um grupo de cerca de 550 pessoas que buscavam reconhecimento como hibakusha em ações coletivas desde 2007, mas haviam perdido seus casos.
A cidade e a prefeitura de Nagasaki haviam solicitado ao tribunal que rejeitasse a demanda dos autores, argumentando que suas situações não justificavam uma decisão diferente das sentenças judiciais anteriores.
Este ano, no 79º aniversário do bombardeio de Nagasaki, o primeiro-ministro Fumio Kishida teve a primeira reunião com representantes de um grupo de pessoas que estavam logo fora da zona designada pelo estado. Kishida informou que o governo estudará medidas específicas para resolver a questão de forma racional.
A decisão do tribunal levanta questões sobre uma possível revisão dos critérios para o reconhecimento de hibakusha, potencialmente ampliando o escopo de apoio às vítimas da bomba atômica.
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