Brasília, Distrito Federal, Brasil, 1 de setembro de 2024 – Agência Brasil – O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou na sexta-feira (30) a suspensão da plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, em todo o território brasileiro. A decisão, que gerou repercussão internacional, cita a recusa da empresa em cumprir ordens judiciais para bloquear contas acusadas de disseminar desinformação.
A ordem judicial instruiu agências reguladoras e outras entidades a tomarem medidas para garantir a suspensão efetiva da plataforma. Além disso, o tribunal impôs uma multa diária de aproximadamente R$ 44.000 a indivíduos e empresas que continuarem acessando o X por meios alternativos, como redes privadas virtuais (VPNs).
Esta decisão é o ápice de um conflito crescente entre o STF e Elon Musk, proprietário do X. Enquanto o tribunal tem solicitado a remoção de contas que, supostamente, espalham desinformação sobre política e outros assuntos, Musk tem se recusado a cumprir tais ordens, alegando que isso minaria a liberdade de expressão.
O embate também reflete uma mudança nas relações entre Musk e o governo brasileiro. Durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro, Musk manteve boas relações, colaborando inclusive em um projeto de conservação da Amazônia utilizando o Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX. No entanto, o empresário tem se mostrado em desacordo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o cargo no ano passado.
Em resposta à decisão judicial, Musk escreveu no X: “A liberdade de expressão é a base da democracia”, e em outra postagem afirmou que “o regime opressivo no Brasil tem tanto medo de que as pessoas saibam a verdade”. O empresário também aconselhou seus seguidores a baixarem VPNs caso fossem bloqueados.
A situação se agravou após o X fechar seus escritórios no Brasil em meados de agosto, seguido pelo congelamento das contas bancárias do Starlink pelas autoridades brasileiras na quinta-feira (29).
Este caso levanta questões complexas sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e combate à desinformação, além de destacar os desafios enfrentados por governos na regulação de plataformas de mídia social globais.
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