Naha, Okinawa, Japão, 7 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O governador de Okinawa, Tamaki Denny, reafirmou nesta sexta-feira (6) seu compromisso em solicitar à polícia local o compartilhamento rápido de informações sobre suspeitas de crimes sexuais envolvendo militares americanos na região.
A declaração ocorre um dia após a polícia de Okinawa informar ao governo prefeitural sobre um caso envolvendo um fuzileiro naval dos EUA, na casa dos 20 anos, suspeito de agredir sexualmente e ferir uma mulher. Este foi o primeiro caso reportado sob o novo sistema de compartilhamento de informações, implementado em julho após uma série de crimes sexuais envolvendo militares americanos em Okinawa virem à tona.
“Crimes desumanos e abomináveis cometidos por militares dos EUA são totalmente inaceitáveis, e protestos veementes devem ser apresentados tanto ao governo americano quanto ao japonês”, afirmou Tamaki aos repórteres. O governador enfatizou a importância de pressionar ambos os governos a tomar medidas preventivas, ressaltando que a polícia prefeitural deve fornecer informações prontamente assim que um crime ocorrer.
Tamaki, que visitará os Estados Unidos a partir de domingo (8), sugeriu que as forças militares americanas podem estar perdendo disciplina e prometeu protestar fortemente durante sua viagem. Ele também destacou que o sistema de compartilhamento de informações foi confirmado pelos ministros de Relações Exteriores e Defesa dos dois países, e que buscará garantir seu funcionamento efetivo.
Este caso ressalta as tensões contínuas entre a comunidade local de Okinawa e a presença militar americana na região, que abriga cerca de 70% das instalações militares dos EUA no Japão. A falta de transparência e a relutância em processar militares americanos têm sido fonte de frustração para os residentes de Okinawa, alimentando preocupações sobre segurança e soberania.
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