Jerusalém, Israel, 30 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Haaretz – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinalizou sua disposição em intensificar a ofensiva contra o grupo xiita libanês Hezbollah, após a morte de seu líder, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo israelense.
Em declaração após a confirmação da morte de Nasrallah, Netanyahu afirmou que Israel alcançou “grandes conquistas, mas o trabalho ainda não foi concluído”. O premiê enfatizou que “a eliminação de Nasrallah é uma condição necessária para atingir os objetivos” estabelecidos por Israel.
Netanyahu delineou dois objetivos principais: o retorno seguro dos residentes do norte às suas casas e a mudança no equilíbrio de poder na região. Ele descreveu o momento atual como “o que será visto como um ponto de virada histórico”.
O primeiro-ministro israelense sugeriu que enfraquecer o Hezbollah, que demonstra solidariedade com o grupo palestino Hamas, poderá levar à libertação de reféns mantidos na Faixa de Gaza.
Apesar da morte de Nasrallah, os ataques israelenses ao Líbano continuam. O Ministério da Saúde libanês informou que 33 pessoas morreram e 195 ficaram feridas nos ataques de sábado (28).
As preocupações com uma possível expansão do conflito aumentam, já que o Hezbollah declarou que continuará sua luta contra Israel, apoiando Gaza e a Palestina e defendendo o Líbano.
A escalada da violência na região tem gerado críticas internacionais. Durante discurso na ONU, Netanyahu foi alvo de protestos, com delegações se retirando do plenário. O premiê israelense, no entanto, manteve sua postura, afirmando que Israel continuará suas operações militares até que seus objetivos sejam alcançados.
A situação no Líbano é particularmente grave, com mais de 200.000 pessoas deslocadas desde o início do conflito. A comunidade internacional, incluindo Estados Unidos e França, tem apelado por um cessar-fogo, mas até o momento sem sucesso.
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