Líderes pedem reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Nova York, Estados Unidos, 26 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Reuters – Líderes mundiais reunidos na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York fizeram um apelo pela reforma do Conselho de Segurança da organização. As propostas, apresentadas em discursos na terça-feira (24), incluem a limitação do poder de veto dos cinco membros permanentes e o aumento do número de assentos permanentes.

O pedido de reforma surge em meio a crescentes críticas à ONU, especialmente devido aos conflitos prolongados na Ucrânia e em Gaza. O Conselho de Segurança tem sido particularmente criticado por sua incapacidade de propor medidas efetivas, com Rússia, Estados Unidos e China frequentemente exercendo seus poderes de veto.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan afirmou que nos últimos anos a ONU falhou em cumprir sua missão fundadora, tornando-se gradualmente disfuncional. Ele argumentou que a justiça internacional não pode ficar à mercê da vontade dos cinco estados membros privilegiados do Conselho, citando como exemplo dramático “a guerra e o massacre que ocorrem em Gaza há 350 dias”.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, acusou o agressor de se esconder sob a cobertura da participação permanente no conselho, “zombando de todos nós com seu poder de veto irrestrito”.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou a exclusão da América Latina e da África dos assentos permanentes do conselho, chamando-a de “prática inaceitável de dominação do passado colonial”.

Julius Maada Bio, presidente de Serra Leoa, observou que quase 80 anos após sua criação, o Conselho de Segurança permanece estagnado no tempo, com uma composição desequilibrada e injusta, em desacordo com as realidades atuais.

Estas declarações refletem uma crescente insatisfação global com a estrutura atual do Conselho de Segurança da ONU e um desejo de torná-lo mais representativo e eficaz na resolução de conflitos internacionais.