Londres, Reino Unido, 22 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Reuters – O líder da oposição e jornalista russo Vladimir Kara-Murza, recentemente libertado, declarou que a invasão da Ucrânia pela Rússia não deve ter sucesso. Em entrevista coletiva na sexta-feira (20), após encontro com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer em Londres, Kara-Murza pediu uma mudança democrática positiva em seu país.
Kara-Murza foi um dos prisioneiros libertados em uma troca em larga escala no mês passado. Ele cumpria uma sentença de 25 anos por traição, após denunciar a invasão de Moscou à Ucrânia. Em maio, ganhou o Prêmio Pulitzer por comentários escritos de sua cela na prisão.
Desde sua libertação, o ativista tem visitado países ocidentais para advogar pelos prisioneiros políticos detidos na Rússia e em seu aliado, Belarus. Kara-Murza revelou que, enquanto estava preso, recebia milhares de cartas mensais de toda a Rússia, demonstrando solidariedade.
O ativista acusou a administração do presidente Vladimir Putin de usar propaganda para tentar deprimir e desmoralizar as pessoas, fingindo que “todos são a favor da guerra”. Ele enfatizou que Putin “não deve ter permissão para vencer a guerra na Ucrânia”.
“Se olharmos para os últimos dois séculos da história russa, vemos que guerras de agressão fracassadas sempre serviram como gatilhos para mudanças políticas e democratização”, afirmou Kara-Murza. Ele defendeu o estabelecimento de um sistema político verdadeiramente democrático, baseado em eleições justas, para substituir a administração de Putin após o fim da invasão.
A posição de Kara-Murza reflete a crescente pressão internacional sobre o regime de Putin e destaca a importância do apoio contínuo à Ucrânia. Sua libertação e subsequente campanha internacional lançam luz sobre a situação dos prisioneiros políticos na Rússia e reacendem o debate sobre o futuro democrático do país.
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