Tóquio, Japão, 17 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Vinte e dois anos se passaram desde que a Coreia do Norte admitiu o sequestro de cidadãos japoneses durante uma histórica cúpula bilateral. As famílias dos sequestrados renovam seus apelos para que o governo japonês intensifique os esforços para trazê-los de volta para casa.
A primeira cúpula entre os dois países, realizada em Pyongyang em 17 de setembro de 2002, resultou no retorno de cinco sequestrados da Coreia do Norte. No entanto, 12 dos 17 cidadãos japoneses que o governo do Japão afirma terem sido sequestrados por agentes norte-coreanos permanecem desaparecidos.
Ao longo desses 22 anos, oito pais dos sequestrados oficialmente reconhecidos faleceram. Apenas dois ainda estão vivos: a mãe de Megumi Yokota, de 88 anos, e o pai de Keiko Arimoto, de 96 anos. As famílias exigem que seus entes queridos sejam devolvidos enquanto os pais restantes ainda estão vivos.
Takuya Yokota, irmão mais novo de Megumi e líder de um grupo de famílias de sequestrados japoneses, expressou sua frustração em entrevista à NHK. “Deve haver muita frustração entre os próprios sequestrados. Por isso, qualquer impasse na política é inaceitável. Os políticos devem dedicar mais energia aos esforços para resolver o problema”, afirmou.
Yokota também fez um apelo direto ao líder norte-coreano Kim Jong Un, pedindo uma decisão corajosa. “Como pai e líder de um país, Kim não deve deixar esta questão de direitos humanos sem solução”, declarou.
Este aniversário ressalta a urgência de resolver esta prolongada crise humanitária, que continua a afetar profundamente as relações entre Japão e Coreia do Norte.
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