Fukushima, Japão, 10 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – A Tokyo Electric Power Company (TEPCO) iniciou nesta terça-feira (10) uma operação experimental para remover detritos nucleares do reator nº 2 da usina de Fukushima Daiichi, após um atraso causado por um erro na instalação de tubulações. Esta é a primeira tentativa de remoção de detritos nucleares desde os acidentes de fusão ocorridos há 13 anos e meio, em consequência do terremoto e tsunami de 2011.
Os detritos nucleares, compostos por combustível derretido misturado com partes da estrutura do reator, somam aproximadamente 880 toneladas nos reatores 1, 2 e 3. A remoção desses detritos é considerada a etapa mais desafiadora do processo de descomissionamento da usina, devido aos níveis extremamente altos de radiação.
A TEPCO havia planejado iniciar o experimento em 22 de agosto, mas teve que adiá-lo no último momento devido a um erro na ordem das tubulações projetadas para inserir o dispositivo de remoção no vaso de contenção. Após tomar medidas para prevenir erros semelhantes, a empresa retomou o procedimento.
O dispositivo de remoção tem o formato de um tubo estreito, projetado para baixar uma ferramenta por cabo a partir de sua ponta para recuperar alguns gramas de detritos do fundo do vaso de contenção. A maior parte do trabalho será realizada remotamente.
A TEPCO estima que o processo levará cerca de duas semanas para ser concluído, mesmo se o trabalho transcorrer sem problemas. O resultado deste experimento é aguardado com grande expectativa, pois os dados obtidos sobre as propriedades e condições dos detritos serão cruciais para estudar o melhor método para o trabalho de remoção em larga escala.
Esta operação experimental já está três anos atrasada em relação ao cronograma inicial, que previa o início do processo em 2021. O sucesso desta etapa é fundamental para o avanço do complexo processo de descomissionamento da usina de Fukushima Daiichi, um dos maiores desafios da indústria nuclear mundial.
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