EUA quadruplicam tarifas sobre carros elétricos da China.

Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos, 15 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Reuters – A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, finalizou a decisão de aumentar as tarifas sobre veículos elétricos chineses para 100%, com início em 27 de setembro. A medida faz parte de um pacote mais amplo de aumentos tarifários sobre importações chinesas, anunciado inicialmente em maio deste ano.

O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) anunciou na sexta-feira (13) que os planos propostos foram amplamente adotados após uma revisão dos comentários públicos. As principais mudanças incluem:

Veículos elétricos: aumento de 25% para 100%
Baterias de íons de lítio para veículos elétricos: aumento de 7,5% para 25%
Células solares: aumento de 25% para 50%

Katherine Tai, Representante de Comércio dos EUA, declarou em comunicado: “Os aumentos tarifários finalizados hoje visam as políticas e práticas prejudiciais da República Popular da China que continuam a impactar os trabalhadores e empresas americanos”.

A decisão reflete a crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo e a determinação do governo Biden em proteger a indústria nacional, especialmente em setores considerados estratégicos como o de veículos elétricos e energia renovável.

O anúncio gerou preocupações sobre possíveis retaliações por parte da China e o impacto nos preços para os consumidores americanos. Analistas do setor automotivo preveem que a medida pode acelerar os planos de fabricantes chineses de estabelecer produção nos EUA ou em países com acordos comerciais favoráveis com os americanos.

As novas tarifas entram em vigor em menos de duas semanas, dando pouco tempo para as empresas e consumidores se adaptarem. O mercado de veículos elétricos nos EUA, que vem crescendo rapidamente, pode enfrentar desafios de curto prazo em termos de oferta e preços, enquanto a indústria doméstica se ajusta para preencher possíveis lacunas deixadas pela redução das importações chinesas.