Tóquio, Japão, 5 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – As empresas alimentícias japonesas estão cada vez mais optando por vegetais cultivados domesticamente, em resposta aos riscos associados à importação de produtos estrangeiros. Segundo o Ministério da Agricultura do Japão, as importações têm representado cerca de 30% dos vegetais utilizados em restaurantes e outras empresas do setor alimentício nas últimas duas décadas.
Embora os vegetais importados possam ser adquiridos em grandes quantidades a custos relativamente baixos, há um movimento crescente entre as empresas de processamento de alimentos para aumentar as compras de produtos nacionais. A Delica Foods Holdings, conhecida por seus vegetais pré-cortados, planeja reduzir sua dependência de cebolas chinesas após enfrentar dificuldades de abastecimento durante a pandemia de COVID-19.
A empresa pretende aumentar a proporção de cebolas produzidas domesticamente de 40% para cerca de 80% até 2029. Para isso, buscará reduzir custos de aquisição através de contratos de longo prazo com agricultores e melhorias logísticas.
Osaki Yoshiyasu, presidente da Delica Foods, declarou: “As importações podem ser interrompidas no futuro, não apenas por razões econômicas, mas por diversos fatores. Acredito que é importante cultivar vegetais no Japão para evitar tal situação.”
O Ministério da Agricultura também está estudando formas de impulsionar o uso de vegetais japoneses, através de consultas com produtores, atacadistas e operadores de restaurantes. Esta mudança reflete uma preocupação crescente com a segurança alimentar e a sustentabilidade da cadeia de suprimentos no Japão.
A transição para uma maior utilização de vegetais de produção local não apenas fortalece a agricultura japonesa, mas também contribui para a redução da pegada de carbono associada ao transporte de alimentos importados, alinhando-se com os objetivos de sustentabilidade do país.
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