Tóquio, Japão, 14 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Kyodo) – Uma delegação de oficiais médicos ucranianos envolvidos em atendimento a desastres visitou o Japão nesta terça-feira (13) para aprender sobre métodos de resposta a acidentes nucleares. A visita ocorre em meio a crescentes preocupações com a segurança nuclear na Ucrânia, especialmente na usina de Zaporizhzhia, ocupada por forças russas.
Cinco oficiais ucranianos, incluindo o chefe da agência de assistência médica em desastres do país, visitaram o Instituto de Ciência Radiológica, próximo a Tóquio. O instituto desempenhou um papel crucial na realização de verificações de radiação em trabalhadores e membros das Forças de Autodefesa que responderam ao acidente na usina nuclear de Fukushima Daiichi em 2011.
Durante a visita, a equipe ucraniana foi informada sobre as ações tomadas durante o acidente de Fukushima e teve a oportunidade de utilizar equipamentos para medir quantidades de substâncias radioativas na superfície ou dentro do corpo.
Vitaliy Krylyuk, líder da delegação ucraniana, expressou a constante preocupação de seu país desde a ocupação da usina de Zaporizhzhia há mais de dois anos. “Sempre nos preocupamos que qualquer coisa possa acontecer a qualquer momento”, afirmou Krylyuk. Ele acrescentou que a Ucrânia está empenhada em estabelecer um sistema médico semelhante ao japonês para responder a desastres.
A visita faz parte dos esforços da Ucrânia para criar um sistema médico robusto capaz de responder a possíveis desastres nucleares. Os oficiais ucranianos solicitaram a continuidade da cooperação com o Japão nesta área crítica.
Esta iniciativa ocorre em um contexto de tensão contínua, com ataques recorrentes ao complexo da usina nuclear de Zaporizhzhia e áreas circundantes, que por vezes resultaram na interrupção do fornecimento externo de energia.
A cooperação entre Ucrânia e Japão na área de segurança nuclear demonstra a importância da colaboração internacional em questões de segurança global. O conhecimento e a experiência do Japão, adquiridos após o desastre de Fukushima, podem ser cruciais para ajudar a Ucrânia a se preparar para potenciais emergências nucleares.
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