Washington, Estados Unidos, 15 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Reuters) – O sindicato United Auto Workers (UAW) anunciou ter apresentado acusações trabalhistas contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário bilionário Elon Musk, alegando tentativas ilegais de ameaçar e intimidar trabalhadores durante uma entrevista.
As acusações surgiram após comentários feitos por Trump durante uma entrevista com Musk na segunda-feira (12) na plataforma de mídia social X. Trump elogiou Musk como “o melhor” por sua abordagem com trabalhadores em greve, afirmando: “Eu vejo o que você faz… eles entram em greve e você diz, ‘Tudo bem, todos vocês estão demitidos'”.
O UAW ressaltou em um comunicado na terça-feira (13) que, de acordo com a lei federal, é ilegal demitir trabalhadores por fazerem greve ou ameaçar fazê-lo. O sindicato acusou Trump e Musk de defenderem a demissão ilegal de grevistas e apresentou acusações contra os “bilionários desgraçados” por suas tentativas ilegais de ameaçar e intimidar trabalhadores.
Shawn Fain, presidente do UAW, declarou: “Quando dizemos que Donald Trump é um fura-greve, é isso que queremos dizer. Trump sempre ficará contra os trabalhadores que se levantam por si mesmos e sempre ficará ao lado de bilionários como Elon Musk”.
Meios de comunicação dos EUA relatam que o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas aceitou as queixas do UAW. O sindicato já endossou a vice-presidente Kamala Harris para as eleições presidenciais de novembro.
Um assessor sênior da campanha de Trump respondeu às acusações, chamando-as de “uma manobra política descarada destinada a erodir o apoio esmagador do presidente Trump entre os trabalhadores americanos”.
Este caso destaca as tensões crescentes entre os movimentos trabalhistas e figuras políticas e empresariais proeminentes nos Estados Unidos, especialmente no contexto das próximas eleições presidenciais.
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