Cabul, Afeganistão, 26 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Bakhtar – O governo interino do Talibã no Afeganistão publicou uma nova lei que impõe restrições ainda mais severas às mulheres afegãs. A legislação, divulgada na quarta-feira (21) pelo Ministério da Justiça, obriga as mulheres a cobrirem completamente seus corpos e rostos quando estiverem em público.
Além da cobertura obrigatória, a lei proíbe as mulheres de falarem alto ou cantarem em ambientes públicos. Outra provisão impede que as mulheres olhem para homens com os quais não têm parentesco sanguíneo ou matrimonial.
O Talibã justifica essas restrições como uma forma de “evitar que as pessoas sejam tentadas e impedir que indivíduos tentem outros”. Essa nova legislação representa um aprofundamento das políticas restritivas impostas desde que o grupo retomou o poder em 2021.
Roza Otunbayeva, chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, expressou preocupação com a nova lei em um comunicado divulgado no domingo (25). “Isso estende as restrições já intoleráveis sobre os direitos das mulheres e meninas afegãs”, afirmou Otunbayeva, prometendo continuar pressionando o Talibã para melhorar a situação dos direitos humanos das mulheres no país.
A publicação desta lei ocorre em um momento de crescente tensão entre o governo talibã e a comunidade internacional. No início deste mês, o Talibã proibiu a entrada no país de Richard Bennett, relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão, sinalizando uma postura cada vez mais isolacionista.
Essas novas restrições têm gerado preocupação entre ativistas de direitos humanos e a comunidade internacional, que temem um retrocesso ainda maior nas liberdades e direitos das mulheres afegãs, conquistados com dificuldade nas últimas duas décadas.
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