Dhaka, Bangladesh, 26 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Reuters – Sete anos se passaram desde que mais de 700.000 Rohingyas fugiram de Myanmar para Bangladesh, após confrontos entre militantes da minoria muçulmana e forças governamentais em 25 de agosto de 2017. O êxodo em massa, desencadeado por ataques de militantes Rohingya a instalações policiais e militares no estado de Rakhine, no oeste de Myanmar, marcou o início de uma crise humanitária que persiste até hoje.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), até o final de abril deste ano, cerca de 980.000 refugiados Rohingya viviam em Bangladesh, incluindo aqueles que fugiram de Myanmar antes do êxodo de 2017. A situação nos campos de refugiados tem se deteriorado, com escassez de alimentos devido à diminuição da ajuda internacional e crescentes preocupações com a segurança.
Muhammad Yunus, líder do governo interino de Bangladesh empossado este mês, indicou que o país continuará seu apoio aos refugiados. No entanto, ele enfatizou a necessidade de esforços sustentados da comunidade internacional para a eventual repatriação dos Rohingyas.
Os refugiados enfrentam perspectivas limitadas de retorno a Myanmar, onde os confrontos entre militares e forças armadas de minorias étnicas continuam, resultando em mortes e novos deslocamentos. Esta situação prolongada apresenta desafios significativos para Bangladesh, que luta para apoiar a permanência estendida dos Rohingyas em seus campos.
Organizações humanitárias alertam para a urgência de aumentar o apoio aos refugiados e às comunidades anfitriãs em Bangladesh. Além disso, há apelos crescentes para que a comunidade internacional pressione Myanmar a criar condições seguras para o retorno voluntário dos Rohingyas, garantindo seus direitos e cidadania.
Enquanto a crise se estende por sete anos, a situação dos Rohingyas permanece um teste crucial para a resposta global a crises de refugiados prolongadas e para a proteção de minorias vulneráveis.
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