Washington D.C., Estados Unidos, 4 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Associated Press) – O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, revogou os acordos pré-julgamento firmados com três réus acusados de envolvimento nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A decisão foi anunciada na sexta-feira (2), apenas dois dias após o Departamento de Defesa ter informado sobre os acordos.
Segundo a mídia americana, os acordos significariam que os réus, incluindo o suposto mentor Khalid Shaikh Mohammad, provavelmente evitariam a pena de morte, recebendo sentenças de prisão perpétua em troca de se declararem culpados pela morte de 2.976 pessoas.
Austin enviou um memorando a uma oficial que supervisiona as comissões militares na base naval dos EUA em Guantánamo, Cuba, onde os réus devem ser julgados. No documento, o secretário afirmou: “Determinei que, dada a importância da decisão de firmar acordos pré-julgamento com os acusados, a responsabilidade por tal decisão deve recair sobre mim.” Austin também destituiu a oficial que recebeu o memorando de sua autoridade para firmar tais acordos.
Analistas sugerem que a forte oposição de parentes das vítimas do 11 de setembro e de legisladores que pedem a pena de morte para os acusados pode ter contribuído para a decisão do secretário de Defesa.
Esta reviravolta no caso demonstra a complexidade e sensibilidade contínuas em torno dos processos relacionados aos ataques de 11 de setembro, mesmo após mais de duas décadas do evento. A decisão de Austin reacende o debate sobre como os EUA devem lidar com os acusados de um dos ataques mais devastadores em solo americano.
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