Moscou, Rússia, 11 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Tass) — A Rússia está enviando unidades adicionais para a região de Kursk, em resposta à maior incursão transfronteiriça da Ucrânia desde o início do conflito. Tropas ucranianas iniciaram o avanço na região oeste da Rússia na terça-feira (6), e acredita-se que tenham tomado diversas aldeias.
O Ministério da Defesa russo anunciou na sexta-feira (9) o envio de unidades de tanques, lançadores de foguetes e artilharia para reforçar a defesa em Kursk. Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos EUA, o comando militar russo pode estar transferindo unidades de linha de frente mais experientes e melhor equipadas do leste ou sul da Ucrânia para Kursk, mas isso pode levar tempo.
No sábado (10), o Ministério da Defesa da Rússia informou que sua defesa aérea destruiu 26 drones ucranianos sobre Kursk. Fragmentos de mísseis abatidos foram encontrados na quinta-feira (8) nas instalações da usina nuclear de Kursk, levando Moscou a acusar as forças ucranianas de ameaçar a segurança da planta e a relatar a situação à Agência Internacional de Energia Atômica.
A incursão ucraniana em Kursk, que começou na terça-feira (6), representa a maior operação transfronteiriça do conflito até agora, expondo vulnerabilidades militares russas e levando à evacuação de mais de 76.000 pessoas da região. A Rússia declarou estado de emergência e está realizando operações de contraterrorismo para aumentar a segurança nas áreas de fronteira.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou a capacidade do exército ucraniano de “surpreender” o inimigo e alcançar resultados significativos. Apesar das tensões, a Ucrânia não comentou oficialmente sobre a incursão, enquanto seus aliados afirmam o direito do país à autodefesa.
A situação em Kursk continua a evoluir, com combates intensos relatados nas proximidades de Sudzha, um ponto crucial de trânsito de gás natural russo para a Europa. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto a Rússia reforça suas defesas e tenta conter o avanço ucraniano.
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