Tóquio, Japão, 29 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (Nuclear Regulation Authorit – NRA) decidiu nesta quarta-feira (28) que o reator nº 2 da usina nuclear de Tsuruga, na prefeitura de Fukui, não passou na avaliação de segurança para reinício de operações. Esta é a primeira vez que o órgão regulador, estabelecido em 2012 após o acidente nuclear de Fukushima, decide não aprovar a reinicialização de uma usina nuclear.
Em reunião regular, a NRA concordou unanimemente com um projeto de avaliação compilado por sua secretaria, indicando que o reator não atende aos padrões regulatórios devido a uma falha geológica diretamente sob o edifício. A avaliação, iniciada em 2015, focou na possibilidade de movimentação futura dessa falha.
A secretaria reguladora concluiu em julho que não se pode descartar a possibilidade de movimentação da falha, determinando assim que o reator não atende aos padrões regulatórios, que proíbem a construção de instalações críticas de segurança sobre falhas ativas.
Em resposta, a Japan Atomic Power Company, operadora da usina, solicitou pesquisas adicionais sobre a falha, mas o pedido foi rejeitado pela NRA após reunião com o presidente da empresa no início de agosto.
A NRA planeja oficializar sua decisão após ouvir comentários públicos sobre a avaliação. A Japan Atomic Power Company pretende solicitar uma nova rodada de avaliação, mas a agência reguladora afirma que uma reavaliação de mais de 100 falhas na área da usina é um pré-requisito, tornando incerto o prazo para uma nova solicitação.
O processo de avaliação, que se estende por nove anos, foi marcado por suspensões devido a imprecisões e alterações não autorizadas nos dados submetidos pela operadora. Em abril do ano passado, a NRA instruiu a empresa a corrigir e reenviar seu relatório sobre a falha, declarando que não aceitaria mais correções.
Esta decisão marca um momento crucial na política energética nuclear do Japão pós-Fukushima, reforçando o compromisso com rigorosos padrões de segurança e transparência no setor nuclear.
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