Prefeito de Nagasaki explica decisão sobre Israel.

Nagasaki, Japão, 8 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O prefeito de Nagasaki, Shiro Suzuki, planeja explicar na quinta-feira (8) sua decisão de não convidar o embaixador de Israel no Japão para a cerimônia anual de paz que marca o bombardeio atômico dos Estados Unidos sobre a cidade. A cerimônia, que acontecerá na sexta-feira (9), celebra o 79º aniversário do ataque e busca homenagear as vítimas de forma solene e calma.

A decisão de não incluir Israel foi tomada em meio ao conflito contínuo entre Israel e Hamas, com o objetivo de evitar protestos e garantir que o evento ocorra sem interrupções. Em resposta, embaixadores das nações do Grupo dos Sete (G7), exceto o Japão, e o representante da União Europeia em Tóquio enviaram uma carta ao prefeito Suzuki, instando-o a reconsiderar e convidar Israel para a cerimônia.

Suzuki, no entanto, reafirmou que a decisão não é política, mas sim uma medida para assegurar a tranquilidade do evento. Ele também enviou uma carta ao embaixador israelense Gilad Cohen, pedindo um cessar-fogo imediato no conflito. Cohen classificou a decisão de Suzuki como “lamentável”, afirmando que ela envia uma mensagem errada ao mundo.

A cerimônia de Nagasaki contará com a presença de sobreviventes da bomba atômica e familiares das vítimas. O prefeito Suzuki deve fazer uma declaração de paz, expressando preocupação com as situações de crise no Oriente Médio e em outras regiões.

A ausência da representação israelense na cerimônia gerou reações diplomáticas. O embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, e a embaixadora britânica, Julia Longbottom, decidiram não participar do evento em Nagasaki, citando a politização da cerimônia. Em vez disso, Emanuel participará de uma cerimônia em Tóquio no mesmo dia.

A decisão de Nagasaki reflete a complexidade das relações diplomáticas em tempos de conflito, destacando o desafio de equilibrar a memória histórica com as tensões geopolíticas atuais.