Japão pede à China fim de violações de seu espaço aéreo.

Pequim, China, 29 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Uma delegação não-partidária de parlamentares japoneses instou lideranças chinesas a tomarem medidas para prevenir violações do espaço aéreo japonês por aeronaves militares chinesas. O grupo, composto por dez membros da União Parlamentar de Amizade Japão-China, está atualmente em visita à China.

Liderada por Toshihiro Nikai, ex-secretário-geral do Partido Liberal Democrata, principal partido governista do Japão, a delegação se reuniu na quarta-feira (28) com Zhao Leji, terceiro na hierarquia do Partido Comunista Chinês e presidente do Congresso Nacional do Povo.

Após o encontro, Nikai relatou à imprensa que o grupo expressou desapontamento com a entrada de um avião militar chinês no espaço aéreo territorial japonês na segunda-feira (26), a primeira violação desse tipo confirmada pelo Japão. A delegação também fez um apelo veemente por medidas que evitem a recorrência de tais incidentes.

Zhao teria afirmado que a China não tem intenção de invadir o espaço aéreo de outro país e manifestou esperança de que as autoridades relevantes se comuniquem adequadamente sobre o assunto.

Além disso, Nikai solicitou à parte chinesa a rápida retomada das isenções de visto para estadias curtas de cidadãos japoneses, suspensas devido à pandemia de coronavírus. Zhao teria respondido que a China compreende, respeita e atribui importância ao pedido do Japão.

Ambos os lados afirmaram que intensificarão os intercâmbios e manterão o diálogo para resolver diferenças de opinião. A delegação japonesa tem encontro agendado com o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ainda na quarta-feira (28), antes de retornar ao Japão na quinta-feira (29).

Esta visita diplomática ocorre em um momento de tensão nas relações sino-japonesas, marcado não apenas pela recente violação do espaço aéreo, mas também por questões como a detenção de cidadãos japoneses na China e a proibição total de importações de frutos do mar japoneses imposta por Pequim.