Montadoras japonesas: queda nas vendas na China e Tailândia.

Tóquio, Japão, 30 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – As cinco principais montadoras japonesas com operações na China relataram uma queda nas vendas no país em julho, tendência que se repetiu na Tailândia, mercado tradicionalmente dominado pelos fabricantes nipônicos. Esse cenário reflete uma mudança significativa na dinâmica do mercado automotivo asiático, impulsionada pela crescente demanda por veículos elétricos (EVs).

Na China, a Toyota registrou uma queda de 6,1% nas vendas em comparação com o mesmo mês do ano anterior, totalizando cerca de 143 mil veículos. A Honda enfrentou um declínio ainda mais acentuado, com uma redução de 41,3% nas vendas, atingindo pouco menos de 53 mil unidades.

A situação na Tailândia é igualmente desafiadora. Todas as cinco montadoras japonesas que divulgaram dados de vendas no país relataram quedas de dois dígitos em julho. A Toyota, líder de mercado na Tailândia, registrou uma queda de 12,9% nas vendas. A Suzuki foi a mais afetada, com uma redução de 62,2%, seguida pela Nissan (-49,3%), Honda (-27,9%) e Mitsubishi (-31,2%).

Esse declínio nas vendas é atribuído principalmente à crescente popularidade dos veículos elétricos chineses, que estão ganhando participação de mercado tanto na China quanto na Tailândia. Em resposta a essa mudança, as montadoras japonesas estão reavaliando suas estratégias, considerando desde a redução da produção até a saída completa desses mercados.

No entanto, em termos de vendas globais, o cenário é mais diversificado. Oito montadoras japonesas apresentaram resultados mistos em julho. Mazda, Daihatsu, Subaru e Mitsubishi registraram aumentos, impulsionados pela forte demanda nos Estados Unidos. Por outro lado, Toyota, Honda, Nissan e Suzuki relataram quedas.

Essa situação destaca os desafios enfrentados pelas montadoras japonesas na adaptação às rápidas mudanças no mercado automotivo global, especialmente no que diz respeito à transição para veículos elétricos. A concorrência acirrada dos fabricantes chineses de EVs está forçando as empresas japonesas a reconsiderar suas estratégias de longo prazo na Ásia.