Japão: queda recorde de nascimentos no 1º semestre 2024.

Tóquio, Japão, 31 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O Ministério da Saúde do Japão divulgou hoje dados alarmantes sobre a taxa de natalidade no país. Segundo a pesquisa governamental, o número de nascimentos no primeiro semestre de 2024 atingiu o nível mais baixo já registrado desde o início da contagem em 1969.

Entre janeiro e junho deste ano, nasceram apenas 350.074 bebês no Japão, incluindo estrangeiros. Esse número representa uma queda de 20.978 nascimentos, ou 5,7%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. É o terceiro ano consecutivo que o número de nascimentos fica abaixo de 400.000 no primeiro semestre.

A situação é ainda mais preocupante quando comparada aos dados de uma década atrás. Em relação a 2014, o número de nascimentos caiu 29%, evidenciando uma tendência de declínio acelerado na taxa de natalidade japonesa.

Autoridades do ministério alertam que, se essa tendência de queda persistir no segundo semestre, o país poderá registrar um novo recorde anual de baixa natalidade em 2024.

Em contraste, o número de casamentos apresentou um leve aumento, com cerca de 250.000 uniões registradas no primeiro semestre, um acréscimo de mais de 2.000 em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, esse número ainda é 80.000 menor que o registrado em 2014.

Especialistas do ministério atribuem o declínio contínuo nas taxas de natalidade a diversos fatores, incluindo a diminuição da população jovem, tendências de casamentos e maternidade tardios, além dos impactos da pandemia de COVID-19 nos últimos anos.

“A situação é crítica e exige ação imediata”, declarou um porta-voz do Ministério da Saúde. “Estamos comprometidos em implementar medidas abrangentes para enfrentar o declínio da taxa de natalidade e suas consequências para nossa sociedade e economia.”

O governo japonês tem intensificado esforços para combater a crise demográfica, incluindo incentivos financeiros para famílias com filhos e melhorias nas políticas de licença parental. No entanto, os resultados dessas iniciativas ainda não se refletiram nos números de natalidade.