Nagasaki, Japão, 10 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Kyodo) — O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, fez um apelo ao mundo para que “Nagasaki seja o último lugar a sofrer um bombardeio atômico” durante uma cerimônia memorial na cidade, nesta sexta-feira (9). A data marca 79 anos desde que Nagasaki foi devastada por uma bomba atômica, apenas três dias após o ataque nuclear em Hiroshima.
Em seu discurso, Kishida destacou que a tragédia vivida por essas duas cidades jamais deve se repetir. Ele afirmou que trabalhar por um “mundo sem armas nucleares” por meio de esforços consistentes e práticos é uma missão do Japão, sendo o único país a ter sofrido bombardeios atômicos em tempos de guerra.
O primeiro-ministro enfatizou que seu apelo para que Nagasaki seja o último lugar a enfrentar tal destruição é ainda mais relevante nos dias de hoje, quando o cenário global para o desarmamento nuclear se torna cada vez mais desafiador, devido às divisões na comunidade internacional e às ameaças nucleares da Rússia.
Kishida ressaltou que o Japão assumirá a liderança nos esforços de desarmamento nuclear a nível internacional, mantendo os Três Princípios Não-Nucleares do país. Ele acrescentou que o governo japonês se empenhará para alcançar resultados significativos na Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, prevista para 2026. Para isso, o Japão continuará a buscar medidas concretas que possam unir países nucleares e não nucleares.
Além disso, o primeiro-ministro destacou a importância de transmitir ao mundo as realidades dos bombardeios atômicos e obter uma compreensão correta das mesmas. Entre as medidas, está o plano de incentivar jovens de outros países a visitarem os locais dos ataques nucleares, promovendo a conscientização global.
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