Honda e Suzuki podem encerrar produção de motos pequenas.

Tóquio, Japão, 8 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Nippon – As fabricantes japonesas de motocicletas Honda Motor e Suzuki Motor estão considerando encerrar a produção de motos pequenas no Japão, segundo informações obtidas pela NHK. A decisão é motivada pela iminente introdução de normas de emissões de gazes mais rigorosas e pelo encolhimento do mercado doméstico.

As fontes indicam que os planos se aplicam a motocicletas com cilindrada de 50 centímetros cúbicos ou menos. Atualmente, apenas Honda e Suzuki produzem esses modelos no Japão. As novas regulamentações de emissões para essa classe de motocicletas entrarão em vigor em novembro do próximo ano, exigindo que os fabricantes modifiquem seus motores existentes para continuar a produção.

As empresas acreditam que seria tecnologicamente difícil desenvolver motocicletas pequenas que atendam aos novos padrões e que o investimento necessário não seria viável, dado o mercado em declínio. Em 1980, cerca de 1,98 milhão de motocicletas dessa categoria foram fabricadas, mas esse número caiu para aproximadamente 90.000 em 2023, conforme dados da Associação de Fabricantes de Automóveis do Japão.

O fim da produção também afetaria a Yamaha, que compra dois modelos da Honda e os vende sob sua própria marca. A Yamaha também importa um modelo produzido em Taiwan, mas ainda não anunciou como se adaptará às novas regulamentações.

A Honda, que detém a maior participação de mercado para motocicletas pequenas, é conhecida pela série Super Cub, que já produziu mais de 100 milhões de unidades desde seu lançamento em 1958. A Super Cub é amplamente utilizada no Japão pelos serviços postais e de entrega de jornais, mas a popularidade das motocicletas de 50 cc ou menos diminuiu nos últimos anos devido à proliferação de bicicletas elétricas e scooters.

A decisão de encerrar a produção de motos pequenas no Japão representa um marco significativo para a indústria de motocicletas do país, refletindo as mudanças nas demandas do mercado e os desafios impostos pelas novas regulamentações ambientais.