Empresas japonesas pessimistas sobre economia chinesa.

Pequim, China, 31 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Xinhua – Uma pesquisa recente realizada pela Câmara de Comércio e Indústria Japonesa na China revelou um cenário preocupante para a economia chinesa na visão das empresas japonesas que operam no país. O levantamento, conduzido em julho, mostrou que 60% das empresas japonesas esperam um maior enfraquecimento da economia chinesa.

Das mais de 1.700 empresas que responderam à pesquisa trimestral, apenas 11% acreditam que a economia chinesa melhorará este ano, uma queda de 4 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Esse pessimismo reflete as preocupações crescentes com o desempenho econômico da China, que tem enfrentado desafios significativos nos últimos meses.

O estudo também revelou uma postura cautelosa em relação a novos investimentos. Cerca de 45% dos entrevistados indicaram que reduzirão ou não farão investimentos na China em 2024. As principais razões citadas para essa decisão incluem as perspectivas econômicas desfavoráveis e a intensa competição de preços no mercado chinês.

Este cenário de cautela contrasta com o crescimento do PIB chinês de 5,3% no primeiro trimestre de 2024, que superou as expectativas do mercado. No entanto, a desaceleração para 4,7% no segundo trimestre parece ter reforçado as preocupações dos investidores japoneses.

A pesquisa destaca os desafios enfrentados pela China para manter a confiança dos investidores estrangeiros, especialmente em um contexto de tensões geopolíticas e mudanças nas cadeias de suprimentos globais. O governo chinês tem implementado medidas de estímulo econômico, mas a eficácia dessas políticas ainda está sendo avaliada pelos investidores internacionais.

As empresas japonesas, tradicionalmente importantes parceiras comerciais e investidoras na China, parecem estar adotando uma abordagem de “esperar para ver” antes de comprometerem recursos adicionais no mercado chinês. Esta postura pode ter implicações significativas para o fluxo de investimentos estrangeiros diretos na China nos próximos meses.