Tóquio, Japão, 10 de agosto de 2024 (Agência de Notícias NHK) — Embaixadores dos Estados Unidos, Reino Unido e Israel participaram de um memorial em um templo em Tóquio nesta sexta-feira (9) para homenagear as vítimas da bomba atômica de Nagasaki. A cerimônia foi realizada no Templo Zojoji, na capital japonesa, após uma decisão controversa de não participarem da cerimônia anual de paz em Nagasaki.
Os diplomatas dos EUA e do Reino Unido optaram por não comparecer ao evento oficial em Nagasaki devido à decisão da cidade de não convidar Israel para a cerimônia. A ausência dos embaixadores desses países, além dos de outras nações do Grupo dos Sete (G7), gerou críticas e levantou questões sobre a politização do evento.
Durante a cerimônia budista em Tóquio, os embaixadores dos EUA, Rahm Emanuel, do Reino Unido, Julia Longbottom, e de Israel, Gilad Cohen, prestaram suas homenagens às vítimas ao queimar incenso e orar pelos falecidos.
Em entrevista a jornalistas após a cerimônia, o embaixador Emanuel expressou seu descontentamento com a decisão de Nagasaki de não convidar Israel, afirmando que tal decisão foi “política e não baseada em segurança”, como havia sido explicado pelas autoridades da cidade. Emanuel destacou que, ao comparecer ao evento em Nagasaki, estaria respeitando uma decisão que, segundo ele, equiparava moralmente “um país que invadiu a outro que foi vítima de invasão”, referindo-se à exclusão tanto de Israel quanto da Rússia da cerimônia.
A ausência desses países em Nagasaki gerou debates sobre as implicações diplomáticas e as tensões subjacentes às decisões de quem deve ser incluído em tais eventos memoriais, especialmente em um contexto tão sensível como o da recordação das vítimas de bombas atômicas.
A cerimônia no Templo Zojoji, embora menor, foi marcada por uma atmosfera de respeito e reflexão, contrastando com a controvérsia em torno da cerimônia principal em Nagasaki. O evento destacou as complexidades das relações internacionais em momentos de memória histórica e a importância de abordagens sensíveis em contextos diplomáticos.
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