Nagasaki, Japão, 8 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Embaixadores dos Estados Unidos e de países europeus enviaram uma carta conjunta ao prefeito de Nagasaki no mês passado, expressando preocupação com a decisão da cidade de não convidar Israel para a cerimônia anual de paz. A carta, datada de 19 de julho, foi assinada pelos representantes das nações do Grupo dos Sete (G7), exceto o Japão, e pelo representante da União Europeia em Tóquio.
A cerimônia, que ocorrerá na sexta-feira (9), marca o 79º aniversário do bombardeio atômico dos Estados Unidos em Nagasaki. O prefeito Shiro Suzuki anunciou no final de julho que a cidade decidiu não incluir Israel na lista de convidados, temendo que protestos contra o conflito em andamento na Faixa de Gaza pudessem afetar a solenidade do evento.
Os embaixadores alertaram que a exclusão de Israel “colocaria o país no mesmo nível que nações como Rússia e Belarus”, que também não foram convidadas para a cerimônia. Eles pediram ao prefeito que reconsiderasse a decisão para preservar a mensagem universal do evento.
A ausência de Israel levou a reações significativas. O embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, e a embaixadora britânica, Julia Longbottom, decidiram não participar da cerimônia em Nagasaki. Emanuel estará presente em uma cerimônia de paz no Templo Zojoji, em Tóquio, no mesmo dia.
Em contraste, Hiroshima, que realizou sua cerimônia na terça-feira (6), permitiu a representação israelense, mas não convidou a Palestina, citando seu status não reconhecido como estado pelo governo japonês. Essa decisão gerou protestos, incluindo uma manifestação no Parque Memorial da Paz de Hiroshima.
A decisão de Nagasaki reflete as complexidades diplomáticas e as tensões geopolíticas atuais, destacando o delicado equilíbrio que as cidades japonesas enfrentam ao lidar com questões internacionais enquanto promovem mensagens de paz.
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