Pequim, China, 16 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Xinhua) – O governo chinês anunciou hoje que irá restringir as exportações de produtos relacionados ao antimônio, um mineral crítico amplamente utilizado na fabricação de semicondutores e retardantes de chama. A China é atualmente o maior produtor mundial deste elemento.
O Ministério do Comércio e a Administração Geral das Alfândegas informaram que a medida entrará em vigor em 15 de setembro, com base em leis relevantes. As autoridades afirmam que o arranjo visa salvaguardar a segurança nacional e os interesses do país.
A partir da data estipulada, os exportadores serão obrigados a obter permissão governamental, relatando informações sobre usuários finais e usos pretendidos dos produtos. Violadores enfrentarão penalidades.
Esta decisão surge em meio ao acirramento das restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos à China no setor de semicondutores e produtos relacionados. No ano passado, Pequim já havia implementado controles de exportação para itens relacionados ao gálio e germânio, outros minerais críticos utilizados em semicondutores e componentes eletrônicos.
Em dezembro de 2023, a China também começou a restringir as exportações de produtos relacionados ao grafite, material essencial para baterias de íons de lítio.
A produção chinesa de minério de antimônio representou quase metade do total mundial no ano passado, totalizando 40.000 toneladas métricas. Os Estados Unidos consideram o antimônio um mineral crítico para a segurança econômica e nacional, assim como os elementos de terras raras, cobalto e urânio.
Esta nova restrição reflete a crescente tensão geopolítica e econômica entre China e Estados Unidos, especialmente no setor de alta tecnologia. Analistas preveem que a medida poderá impactar significativamente a cadeia de suprimentos global de semicondutores e outros produtos eletrônicos.
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