Daca, Bangladesh, 13 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Reuters) – Uma semana após a renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina, Bangladesh enfrenta persistentes preocupações com a segurança em meio a protestos estudantis contínuos. Hasina deixou o cargo em 5 de agosto, forçada pela escalada de violência que resultou em mais de 300 mortes em confrontos entre manifestantes e policiais.
As manifestações, que começaram em julho contra as cotas de empregos governamentais, continuam a se espalhar pelo país. No domingo (11), centenas de estudantes mantiveram os protestos na capital, Daca. Um participante exigiu a expulsão de todos os funcionários próximos à administração Hasina, enquanto outros expressaram sua alegria pela “conquista da liberdade” através de pinturas em muros da cidade.
Muhammad Yunus, laureado com o Prêmio Nobel da Paz, assumiu na quinta-feira (8) como chefe do governo interino do país. No entanto, a agência policial não está funcionando plenamente devido ao temor de retaliações por parte dos cidadãos, o que aumenta as preocupações com uma possível deterioração da segurança.
A situação permanece tensa, com estudantes ameaçando mais protestos caso o novo governo tente suprimir os cidadãos. “Não vamos tolerar nenhuma forma de opressão”, declarou um manifestante que preferiu não se identificar.
O governo interino enfrenta o desafio de restaurar a ordem e a confiança da população, ao mesmo tempo em que lida com as demandas dos manifestantes por reformas no sistema de cotas e maior transparência governamental. A comunidade internacional observa de perto os desenvolvimentos, com preocupações sobre a estabilidade política e econômica de Bangladesh.
Enquanto o país busca um caminho para a normalidade, a incerteza sobre o futuro político e a capacidade das forças de segurança em manter a ordem pública continuam a ser questões cruciais para os próximos dias e semanas.
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