Coreia do Norte envia especialista em mísseis para Rússia.

Moscou, Rússia, 14 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Interfax) – Um alto funcionário norte-coreano, figura-chave no programa de desenvolvimento de mísseis balísticos do país, aparentemente participou de uma exposição de armas na Rússia, desafiando sanções internacionais.

Kim Jong Sik, primeiro vice-diretor de departamento do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, foi visto em um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa russo na segunda-feira (12). As imagens mostram o oficial em uniforme militar ouvindo um orador russo durante uma cerimônia do evento.

Kim Jong Sik é uma figura proeminente no programa de mísseis norte-coreano, tendo acompanhado o líder Kim Jong Un durante o lançamento do míssil intercontinental Hwasong-18 em dezembro do ano passado. Sua presença na Rússia viola diretamente uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que proíbe sua entrada em países membros das Nações Unidas.

A participação de Kim na exposição ocorre em um momento de intensificação dos intercâmbios militares entre Coreia do Norte e Rússia. Em junho, os dois países assinaram um novo tratado que estipula assistência militar mútua em caso de contingência.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap sugere que o oficial norte-coreano pode estar discutindo o desenvolvimento de mísseis intercontinentais e outros armamentos com a parte russa. Essa cooperação militar crescente entre Pyongyang e Moscou tem gerado preocupações na comunidade internacional.

A presença de Kim Jong Sik na Rússia, apesar das sanções internacionais, sinaliza uma escalada na colaboração militar entre os dois países. Especialistas temem que essa parceria possa resultar em avanços significativos no programa de mísseis norte-coreano, potencialmente alterando o equilíbrio de poder na região.

As autoridades internacionais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre esta violação das sanções da ONU, mas é provável que o incidente aumente as tensões diplomáticas e leve a novos debates sobre a eficácia das sanções contra a Coreia do Norte.