Zelenskyy rejeita proposta de cessar-fogo de Orban.

Kiev, Ucrânia, 04 de julho de 2024 – Agência de Notícias Ukrinform – O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy rejeitou a proposta de cessar-fogo temporário feita pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orban durante sua visita a Kiev na terça-feira (2), segundo informações da mídia ucraniana.

Orban, conhecido por sua postura pró-Rússia, fez sua primeira visita à Ucrânia desde o início da invasão russa em larga escala há mais de dois anos. Durante o encontro com Zelenskyy, o líder húngaro propôs acelerar as negociações de paz através de um cessar-fogo inicial.

De acordo com relatos da mídia ucraniana, o vice-chefe do Gabinete Presidencial, Ihor Zhovkva, afirmou que Zelenskyy “ouviu” Orban, mas em resposta, “declarou a posição da Ucrânia – clara, compreensível e bem conhecida”.

Zelenskyy tem mantido sua posição de prosseguir com seu plano de paz, que inclui a retirada das forças russas, argumentando que um cessar-fogo neste momento beneficiaria apenas os interesses de Moscou. “Nossa prioridade é a segurança e a integridade territorial da Ucrânia. Um cessar-fogo sem a retirada das tropas russas não é uma opção viável para nós”, declarou o presidente ucraniano.

A visita de Orban e sua proposta ocorrem em um momento significativo, já que a Hungria assume a presidência rotativa do Conselho da União Europeia a partir de segunda-feira (1) até o final do ano. Esta posição coloca o país em uma situação delicada, equilibrando suas relações com a Rússia e suas responsabilidades dentro da UE.

Enquanto as discussões diplomáticas continuam, a realidade brutal da guerra persiste. O governador de Dnipropetrovsk relatou que ataques russos com mísseis e drones mataram quatro pessoas e feriram 27 na região leste da Ucrânia nesta quarta-feira (3). “Estes ataques contra civis reforçam nossa determinação em buscar uma paz justa e duradoura”, afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano.

A rejeição de Zelenskyy à proposta de Orban destaca as complexidades das negociações de paz e as divergências entre os países europeus sobre como lidar com o conflito. Enquanto isso, a Ucrânia continua a buscar apoio internacional para sua defesa e reconstrução, enfatizando a necessidade de uma solução que respeite sua soberania e integridade territorial.