Trump e OTAN: possível vitória gera incertezas na aliança

Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos, 11 de julho de 2024 – Agência de Notícias Associeted Press – Líderes dos países membros da OTAN iniciaram uma cúpula em Washington em meio a especulações sobre o impacto de uma possível vitória de Donald Trump nas próximas eleições presidenciais dos EUA. O ex-presidente, que busca retornar à Casa Branca, tem gerado preocupações dentro e fora da aliança sobre o futuro da organização.

Trump tem pressionado os aliados da OTAN a aumentarem seus gastos com defesa, chegando a sugerir que os Estados Unidos não protegeriam membros que não investissem o suficiente. Em sua campanha para 2024, ele afirma ter iniciado uma reavaliação fundamental do propósito e da missão da OTAN durante sua administração, alegando que a maior ameaça à civilização ocidental hoje não é a Rússia.

Desde a invasão russa à Ucrânia, os membros da OTAN têm aumentado seus gastos com defesa nacional. Espera-se que 23 dos 32 estados atinjam a meta do grupo de elevar seus orçamentos de defesa para 2% do PIB este ano.

Emily Haber, ex-embaixadora da Alemanha nos EUA durante a administração Trump, destaca o desafio de estar sob os holofotes em meio à invasão russa da Ucrânia. A Alemanha, frequentemente criticada por Trump por seus gastos com defesa, agora enfatiza sua contribuição para a OTAN, realizando exercícios militares em larga escala e planejando estacionar tropas na Lituânia a partir do próximo ano.

Gordon Sondland, ex-embaixador dos EUA na União Europeia durante o governo Trump, acredita que, se reeleito, Trump provavelmente exigirá mais dos aliados europeus. Segundo Sondland, Trump deseja que os aliados europeus criem seus próprios recursos militares para que os EUA possam se concentrar em China, Coreia do Norte e Irã.

A cúpula da OTAN em Washington ocorre em um momento crucial, com os líderes buscando reafirmar a importância da aliança enquanto enfrentam incertezas sobre seu futuro em um cenário político em constante mudança.