Astana, Cazaquistão, 03 de julho de 2024 – Agência de Notícias TASS – O presidente russo Vladimir Putin exaltou as relações de seu país com a China, afirmando que estão melhores do que nunca, durante seu encontro com o presidente chinês Xi Jinping na nação centro-asiática do Cazaquistão nesta quarta-feira (3).
As conversações ocorreram à margem de uma cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, realizada na capital cazaque, Astana. Putin abriu as negociações declarando que as relações e a cooperação estratégica entre Moscou e Pequim estão vivendo “seu melhor período na história”. Ele enfatizou que essa cooperação é um dos principais fatores para estabilizar a arena internacional.
O líder russo fez uma demonstração de solidariedade com a China diante do aprofundamento do confronto com a Europa e os Estados Unidos sobre a situação na Ucrânia. “Nossa parceria é fundamental para enfrentar os desafios globais atuais”, afirmou Putin.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da China revelou que Xi expressou prontidão para promover a cooperação com a Rússia, dizendo que ambos os países devem continuar a defender sua parceria abrangente e se opor à interferência externa. Xi destacou que os dois lados devem se esforçar conjuntamente para manter a paz e a estabilidade regionais.
O presidente chinês também mencionou a intenção de seu país de buscar ativamente esforços para resolver politicamente questões regionais importantes. Essa declaração sublinha a intenção da China de se envolver na questão da Ucrânia a partir de sua própria perspectiva, que não é a de uma ordem internacional liderada pelo Ocidente.
É importante notar que Pequim se absteve de participar de uma conferência internacional sobre paz na Ucrânia realizada em junho. Após a cúpula de quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que, em relação à Ucrânia, “foi claramente declarada a falta de perspectivas de quaisquer formatos sem a participação da Rússia”.
O encontro entre Putin e Xi ocorre em um momento de crescentes tensões geopolíticas, com o Ocidente impondo sanções à Rússia devido ao conflito na Ucrânia. A aproximação entre Moscou e Pequim é vista por analistas como uma tentativa de ambos os países de fortalecer sua posição no cenário internacional.
“Este encontro reafirma a determinação de Rússia e China em apresentar uma frente unida diante das pressões ocidentais”, comentou a Dra. Elena Ivanova, especialista em relações sino-russas da Universidade de Moscou. “No entanto, resta saber até que ponto essa parceria pode influenciar a resolução do conflito na Ucrânia.”
Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente o desenvolvimento dessa aliança, preocupada com as implicações para o equilíbrio de poder global e a resolução de conflitos regionais.
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