Moscou, Rússia, 07 de julho de 2024 – Agência de Notícias Interfax – O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán se reuniu com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou na sexta-feira (5), como parte de seus esforços para promover um cessar-fogo na Ucrânia. O encontro ocorreu poucos dias após Orbán visitar Kiev, gerando críticas de líderes europeus e ucranianos.
Durante a reunião, Putin afirmou que “a Rússia defende um fim completo e definitivo do conflito”. No entanto, acrescentou que os combates só cessarão se as tropas ucranianas se retirarem das quatro regiões anexadas pela Rússia.
Orbán, por sua vez, reconheceu que as partes estão distantes, mas se comprometeu a continuar trabalhando por uma resolução pacífica. “Muitos passos são necessários para encerrar a guerra, mas conseguimos dar o primeiro passo importante para restaurar o diálogo, e continuarei fazendo esse trabalho”, declarou o primeiro-ministro húngaro.
A visita de Orbán, que ocorre durante a presidência rotativa da Hungria na União Europeia, foi duramente criticada por líderes europeus. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou em uma postagem na rede social X que “a presidência rotativa da UE não tem mandato para se envolver com a Rússia em nome da UE”.
Autoridades húngaras defenderam o encontro, argumentando que seu país está se tornando o único na Europa a manter diálogo com ambos os lados do conflito. Anteriormente, haviam se comprometido a atuar como “intermediários honestos”.
A iniciativa de Orbán ocorre em um momento delicado das relações entre Rússia e Ocidente, com as tensões na Ucrânia ainda elevadas. Enquanto alguns veem a ação do primeiro-ministro húngaro como uma tentativa de mediação, outros a consideram uma quebra da unidade europeia frente à agressão russa.
O resultado concreto desse encontro ainda é incerto, mas certamente adiciona um novo capítulo às complexas relações diplomáticas envolvendo o conflito na Ucrânia.
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