Naha, Okinawa, Japão, 11 de julho de 2024 – Agência de Notícias Nippon – A Assembleia Prefeitural de Okinawa aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (10), uma resolução e uma declaração em resposta às múltiplas alegações de violência sexual envolvendo pessoal militar dos Estados Unidos estacionado na prefeitura.
A resolução, direcionada aos Estados Unidos, incluindo o embaixador americano no Japão, Rahm Emanuel, afirma que a violência sexual é um crime hediondo que viola a dignidade humana e não pode ser tolerada sob as leis de nenhum dos dois países. O documento exige que o lado americano apresente medidas concretas e eficazes para prevenir a recorrência desses incidentes, como um endurecimento da disciplina.
Já a declaração, dirigida ao governo japonês e ao primeiro-ministro Fumio Kishida, critica a falha das autoridades investigativas e do Ministério das Relações Exteriores em fornecer informações sobre os incidentes graves ao governo provincial de Okinawa e às municipalidades locais.
Ambos os documentos pedem desculpas e compensação às vítimas, bem como assistência psicológica. Também solicitam que o governo provincial e os municípios relevantes sejam prontamente notificados sobre incidentes envolvendo pessoal militar dos EUA, garantindo a proteção da privacidade das vítimas.
A assembleia também pede revisões fundamentais no Acordo sobre o Estatuto das Forças Armadas Japão-EUA, alegando que ele concede tratamento especial ao pessoal militar americano no Japão.
A Assembleia planeja enviar uma delegação a Tóquio ainda este mês para entregar diretamente os documentos à embaixada dos EUA, ao Ministério das Relações Exteriores e a outras entidades relevantes.
Esta ação reflete a crescente preocupação e frustração dos residentes de Okinawa com os incidentes recorrentes envolvendo militares americanos, destacando a necessidade urgente de medidas mais eficazes para proteger a comunidade local.
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