Tóquio, Japão, 2 de julho de 2024 – Agência Kyodo News – O governo japonês está solicitando a libertação de um de seus cidadãos detido em Myanmar por supostamente violar o controle de preços do arroz imposto pelo regime militar do país. Hiroshi Kasamatsu, de 53 anos, foi um dos 11 indivíduos detidos sob suspeita de vender arroz acima dos preços oficialmente permitidos.
Kasamatsu, que trabalha para uma unidade da varejista japonesa Aeon que opera supermercados em Myanmar, foi detido junto com outros 10 suspeitos, conforme relatado pela mídia estatal de Myanmar no domingo (30). A embaixada do Japão em Myanmar confirmou estar ciente da detenção e está pedindo às autoridades militares que libertem o cidadão japonês.
O Secretário-Chefe do Gabinete, Yoshimasa Hayashi, informou aos repórteres nesta segunda-feira (1) que Kasamatsu está sendo investigado em uma delegacia de polícia em Yangon. Segundo um oficial da embaixada japonesa, o detido não apresentava problemas de saúde quando um advogado o encontrou na noite de domingo.
“O governo continuará a lidar apropriadamente com a questão, solicitando a libertação antecipada do homem e fornecendo o apoio necessário”, declarou Hayashi.
A economia de Myanmar está em declínio desde o golpe militar de 2021. O regime tem intensificado as medidas de controle de preços dos alimentos, mas não conseguiu conter os preços do arroz e de outros itens essenciais. Esta não é a primeira vez que as autoridades de Myanmar realizam operações contra comerciantes por supostas violações de vendas.
A Aeon confirmou que Kasamatsu trabalha para sua unidade em Myanmar e que, com o apoio da embaixada japonesa, cooperará com as autoridades investigativas para uma rápida resolução do caso.
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