Tóquio, Japão, 13 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O Ministério da Defesa do Japão tomou uma medida disciplinar sem precedentes ao repreender 218 membros do ministério e das Forças de Autodefesa do Japão, incluindo funcionários de alto escalão, por má conduta. A ação punitiva, anunciada na sexta-feira (12), é considerada extremamente incomum devido ao grande número de pessoas envolvidas.
O ministério identificou quatro tipos de ações inadequadas. A primeira está relacionada ao manuseio de “segredos especialmente designados” sob a lei, que dizem respeito à segurança nacional. As outras envolvem recebimento fraudulento de subsídios para treinamento e serviço de mergulho, consumo de refeições gratuitas por pessoal não qualificado e assédio moral.
Nas Forças Terrestres, Marítimas e Aéreas de Autodefesa, foram identificados 58 casos inadequados relacionados ao manuseio de informações confidenciais. Na Força Marítima de Autodefesa, pessoal não qualificado teve acesso a tais informações em 38 navios.
Um dos casos mais graves envolve 62 membros da Força Marítima de Autodefesa, incluindo funcionários de alto escalão, que receberam um total de 43 milhões de ienes (cerca de 270.000 dólares) em subsídios de mergulho sem realmente realizar as atividades, entre abril de 2017 e outubro de 2022.
O Ministro da Defesa, Kihara Minoru, observou que a Força Marítima de Autodefesa, onde foi confirmado o maior número de casos, precisa ser reformada. Como parte das medidas corretivas, ele anunciou que substituirá o Chefe do Estado-Maior da Força Marítima de Autodefesa, Almirante Sakai Ryo, em 19 de julho.
Esta ação disciplinar em larga escala reflete a seriedade com que o governo japonês está tratando as questões de integridade e segurança dentro de suas forças de defesa. A medida visa não apenas punir os envolvidos, mas também enviar uma mensagem clara sobre a importância da conduta ética e profissional no setor de defesa do país.
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